terça-feira, 18 de junho de 2019

APÓS MORTE DE MULHER, POLÍCIA INVESTIGA QUEIMA DE PNEUS NOS PROTESTOS DE 14 DE JUNHO



Mãe de oito filhos e moradora de Santa Luzia, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Morreu ontem, por volta das 14h30, Edi Alves Guimarães, de 53 anos, que estava internada desde sexta-feira após inalar fumaça proveniente da queima de pneus durante a greve geral em protesto contra ações do governo federal, principalmente contra a reforma da Previdência Social e os contingenciamentos de recursos das instituições educacionais ligadas à União. Desde então, a mulher estava internada em estado gravíssimo no Hospital Risoleta Tolentino Neves, na Vila Clóris, na Região de Venda Nova. A Polícia Civil abriu inquérito para investigar os responsáveis pela queima que pode ter causado a morte de Edi.

A mulher ia para o trabalho em um ônibus que liga Santa Luzia ao Centro de Belo Horizonte quando uma barricada de pneus em chamas impediu o motorista do coletivo de seguir seu trajeto. O obstáculo, situado em frente à portaria principal do câmpus Pampulha da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), lançava uma nuvem de fumaça preta aos céus. A mulher inalou fumaça quando aguardava a liberação da via no ônibus. Ela teve uma parada cardiorrespiratória, foi reanimada pelos médicos e passou por procedimentos de emergência. Em seguida, foi levada para a Unidade de Terapia Intensiva (UTI), onde permaneceu até morrer.

De acordo com o boletim de ocorrência registrado pela Polícia Militar, uma guarnição do 13º Batalhão avistou uma movimentação diferente dentro do ônibus que estava em frente à fila de pneus. Imediatamente, conforme o documento, os militares se deslocaram para prestar assistência a Edi. A polícia acionou o Samu para socorrê-la. No entanto, antes da chegada da ambulância, Edi teve sintomas de convulsão. Diante da emergência, os oficiais deslocaram a vítima ao Risoleta Neves.

A reportagem procurou a Polícia Civil para apurar em que pé estão as investigações do caso. Por volta das 19h, a corporação confirmou que há um inquérito aberto, mas não deu detalhes do avanço dos trabalhos até o fechamento desta edição. As apurações são conduzidas pelo delegado da 3ª Delegacia de Polícia Civil Noroeste, Weser Francisco Ferreira Neto.

Em nota, o Hospital Risoleta Tolentino Neves informou que Edi teve morte cerebral, cujas causas devem ser apontadas pelo Instituto Médico-Legal (IML). O texto informa ainda que não há, por parte da família de Edi, nenhum relato de doença diagnosticada anteriormente na mulher que possa ter causado complicações decorrentes da inalação de fumaça, como enfermidades respiratórias, por exemplo. A unidade destacou que a investigação do óbito cabe à Polícia Civil.

ESTADO DE MINAS

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