O Tribunal do Júri Popular de
Mossoró entendeu que o réu que atirou na boca da ex-mulher (a bala saiu no
pescoço) não cometeu crime de tentativa de homicídio e, sim, apenas de lesão
corporal grave. O resultado do júri revoltou vítima: “Estou me sentindo um
lixo”, diz.
O réu: Francisco Cardoso
Marcondes a Silva, de 41 anos
Vítima: Dulcicleide Filgueira de
Aquino.
Data do crime: às 19 horas do dia
25 de setembro de 2017
Local do crime: Casa da vítima no
bairro Planalto 13 Maio, em Mossoró-RN.
O réu Francisco Marcondes restou
condenado pelos crimes de porte ilegal de arma de fogo, ameaça e lesão
corporal. Somado as penas impostas pelo Conselho de Sentença, restou o réu Marcondes
condenado a seis anos 1 mês de prisão em regime aberto.
O julgamento aconteceu nesta
quarta-feira, dia 12, no Fórum Municipal Desembargador Silveira Martins. E este
é o segundo julgamento. O primeiro, que teve a mesma sentença, terminou anulado
pelo Tribunal de Justiça do Estado, por ter sido contrário as provas.
O crime
Dulcicleide Filgueira narra que
separou do Marcondes por ele ser muito violento, principalmente quando bebia.
Após a separação, foi morar numa casa de propriedade dela no Bairro Planalto 13
de Maio e continuou recebendo ameaças de morte.
Segundo Dulcicleide, teve dias
que ela foi dormir na casa de familiares ou amigas para não confrontar com o ex
marido Francisco Marcondes e terminar novamente espancada, como já havia ocorrido
em outras ocasiões que ela o havia contrariado suas intenções.
Diante das agressões, ameaças
Dulcicleide disse que procurou a Policia Civil e conseguiu no Poder Judiciário
uma ordem da Justiça para que o ex-marido não chegasse nem perto da casa dela. Entretanto,
estas ordem judicial era com frequência desrespeitada.
Às 19 horas do dia 25 de setembro
de 2017, Francisco Marcondes foi a residência de Dulcicleide, novamente, buscar
os filhos para ficar com ele. A mulher percebendo que ele estava muito embriagado,
não os entregou. Fechou o portal.
Marcondes sacou o revólver e
atirou duas vezes, por uma brecha do portão, na direção da cabeça de
Dulcicleide. Um dos tiros pegou na boca e saiu no pescoço. A outra bala acertou
uma cadeira de balanço e o projétil ficou no chão. Dulcicleide se escondeu
dentro de casa.
Os julgamentos
No primeiro julgamento, ocorrido
no dia 16 de maio de 2018, os jurados, por maioria, os jurados decidiram que
não se tratava de tentativa de homicídio duplamente qualificado e sim, apenas
lesão corporal grave. Diante da decisão contrária as provas, o MP recorreu.
Nesta quarta-feira, 12, teve o
segundo julgamento e novamente o TJP decidiu que Marcondes não tentou matar a
ex-mulher quando disparou duas vezes na direção do rosto dela por um buraco do
portão. Decidiram que foi apenas lesão corporal grave.
Em contato com o MOSSORO HOJE,
Dulcicleide disse que estavam se sentindo um lixo de mulher e que vai continuar
vivendo assustada, com medo que o ex-marido consuma álcool e volte a tentar
contra sua vida, como já fez diversas outras vezes.
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