quinta-feira, 11 de julho de 2019

Athletico x Flamengo jogaram "A Europeia" e fizeram um dos melhores jogos da temporada - Por Miguel Boente



A ansiedade das torcidas brasileiras pela volta das competições domésticas acabou! Ontem teve reinício a Copa do Brasil com três partidas “ambos em bom nível”, mas das três, a que mais chamou a atenção da torcida “antes, durante e depois de sua realização” foi o jogo entre Athletico Paranaense e Flamengo na noite gelada de Curitiba. O jogo terminou com os termômetros marcando 6 graus, mas a partida dentro de campo ignorou a temperatura ambiente e entregou as duas torcidas tudo aquilo que elas imaginavam.

Claro que antes da bola rolar os torcedores das duas equipes apostavam em vitórias dos seus times, mesmo a torcida do Flamengo sabendo que o retrospecto do rubro negro carioca na Arena da Baixada é desastroso! “Para se ter ideia, nos últimos 20 anos o Flamengo só venceu uma partida no campo adversário, foi na Copa Sul-americana de 2011 com uma atuação de gala de Ronaldinho Gaúcho pelo Flamengo”.



Eu, mais precavido apostei em um empate, e por isso “particularmente falando” fiquei satisfeito com o resultado, pois é totalmente aceitável um empate jogando fora de casa com torcida contra, ambiente adverso e um excelente time como adversário.
Hoje, sem sombra de dúvidas os paranaenses possuem um dos melhores times do país! Muitos de imprensa bairrista ainda não colocam o Athletico em pé de igualdade e até de superioridade com clubes cariocas e paulistas para não darem o braço a torcer, mas em termos de estrutura e resultado o time do Paraná da de goleada em muitos “grandes” do futebol brasileiro.



Falando do jogo em si, o Athletico em casa fez o que se esperava dele! Foi pra cima do Flamengo com apetite de time protagonista, encurralou o time carioca no primeiro tempo, foi amplamente superior e merecia ter terminado a primeira etapa pelo menos com um placar de 1x0. O Flamengo iniciou mal a partida, talvez por ainda estar se adaptando ao novo esquema de jogo, o 4-4-2 “típico dos antigos times da Inglaterra” com duas linhas de quatro bem definidas e dois atacantes mais enfiados. Porém, claramente o time se ressentiu do clássico camisa 10, ou seja, aquele jogador que rege o meio campo, recebe e distribui jogadas, as jogadas ofensivas do Flamengo na primeira etapa praticamente não existiram, pois o time pegava a bola e ficava sem muitas opções de saída de jogo, e os paranaenses no abafa logo recuperavam essa bola e partiam para o ataque.

E a bola mais produtiva do time do Athletico foram os lançamentos longos as costas da zaga carioca, perdi até a conta de quantas vezes o ataque do Athletico no primeiro tempo conseguiu sair com a bola limpa diante do gol para ou finalizar a jogada ou tocar para algum outro jogador mais bem posicionado.

No segundo tempo o Athletico continuou na pressão, e graças a intensidade de jogo abriu o placar com o zagueiro Léo Pereira antes dos 5 minutos. Após o gol os paranaenses ainda continuaram em cima do Flamengo em busca de um segundo gol.

Foi quando entrou em cena o técnico Jorge Jesus, que ao contrário do antigo técnico Abel Braga, não fez troca de 6 por meia dúzia, ele mexeu no esquema tático da equipe colocando Diego e Everton Ribeiro para poder armar jogadas para o Flamengo.



Coincidentemente, o Flamengo empatou a partida ainda com a primeira formação enquanto as substituições se desenrolavam. Gabriel recebeu um passe de lateral de Renê, se livrou facilmente do zagueiro do Athletico e empatou o jogo aos quase 20 minutos da segunda etapa.

A partir daí, com a moral do gol de empate e as mexidas no time, o Flamengo passou a dominar a partida entre os 20 e os 35 minutos do segundo tempo, podendo nesse espaço de tempo até ter virado a partida, faltou realmente muito pouco pro time carioca fazer 2x1.

Passado este momento o Athletico fez alterações que o tornaram ainda mais ofensivo, e Jesus respondeu colocando Piris da Mota para voltar a fechar o meio-campo do Flamengo que estava muito exposto ao estilo de jogo atleticano.

O que se viu dos 35 aos 55 minutos do segundo tempo foi um Flamengo defendendo o resultado do empate, “mas sem abdicar do jogo ofensivo” e um Athletico querendo a qualquer custo a vitória, pois os paranaenses sabiam que seu retrospecto fora de casa era ruim.

Ainda sobre o jogo, o torcedor do Flamengo que criou expectativa sobre a estreia do lateral Rafinha, recém contratado, teve que esperar, o jogador não foi utilizado pelo técnico português durante o confronto de ontem.

Sobre a arbitragem de Anderson Daronco, o que dizer? Os três gols do Athletico Paranaense realmente foram bem anulados! É claro que a torcida se irou contra o fato, pois no calor da partida as vezes não se entende que a decisão de anular os gols foi a correta.

Mas os dois lances mais polêmicos da partida na minha interpretação particular, houve um erro muito grave e um acerto. Qual o erro? Diego Alves realmente pegou a bola com as mãos fora da grande área, o goleiro do Flamengo deveria ter sido expulso de campo, e talvez com um jogador a menos em um confronto tão equilibrado, o resultado final da partida poderia ter sido outro!




Já no que diz respeito ao suposto pênalti do lateral Renê em Marcelo Cirino, realmente a penalidade aconteceu! Porém, na origem da jogada “em um lance interpretativo” houve uma carga faltosa em cima do zagueiro do Flamengo, o que invalidou a jogada posterior, no caso o pênalti que seria a favor dos paranaenses.

Na minha opinião “falando novamente do jogo” foi um dos melhores jogos do ano no futebol brasileiro! Fazendo até uma comparação a grosso modo “minha opinião, ninguém precisa concordar” esse Athletico x Flamengo foi melhor que todos os jogos da Copa América juntos!

As equipes se entregaram 100% em campo. Não faltou raça, disposição, técnica e tática as equipes! Ambas estão de parabéns. O que só aumenta a expectativa para o jogo da próxima semana no Maracanã.

Com certeza as duas equipes vão jogar pra frente em busca do resultado. E não se engane, o Athletico apesar de ter campanha desastrosa fora de seus domínios não pode ser desprezado. Um vacilo do Flamengo e a vaga das semifinais pode ficar com o furacão.

POR MIGUEL BOENTE

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