A equipe econômica do governo
Jair Bolsonaro planeja liberar R$ 12 bilhões no ano que vem com a adoção da
nova modalidade de saque anual de um percentual do saldo das contas de Fundo de
Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) dos trabalhadores.
Em 2019, a previsão é de uma
injeção de R$ 30 bilhões, sendo R$ 28 bilhões de saques do fundo e mais R$ 2
bilhões de contas do PIS/Pasep.
Segundo assessores do ministro da
Economia, Paulo Guedes, neste ano a injeção de recursos com a liberação de
dinheiro do FGTS precisa ser maior diante do ritmo fraco da economia.
Com a medida, o governo espera
que o crescimento econômico do país pule das previsões de 0,8% para algo na
casa de 1%. Já no ano que vem a liberação extra de recursos do FGTS pode ser
menor porque a expectativa é que o Brasil já esteja crescendo mais.
Até o momento, a proposta para
uma decisão final do presidente Jair Bolsonaro é liberar, neste ano, saques de
até R$ 500 por conta ativa e inativa. Ou seja, se o trabalhador tiver uma conta
inativa e duas inativas, ele poderia sacar no máximo R$ 1.,5 mil. A liberação
começaria em setembro e injetaria na economia R$ 28 bilhões, de acordo com a
equipe.
Atualmente, existem cerca de 260
milhões de contas ativas e inativas de FGTS. Deste total, cerca de 211 milhões,
em torno de 80%, têm saldo de até no máximo R$ 500. A Caixa espera zerar essas
contas, reduzindo seu custo operacional. Para clientes com conta no banco, a
instituição fará um depósito automático do valor na conta do trabalhador.
Em 2019, o governo vai adotar a
modalidade de saque anual na data de aniversário do trabalhador. Será uma
modalidade opcional, na qual o cotista vai poder retirar um percentual do saldo
de seu FGTS.
Se o trabalhador fizer a opção,
ele abre mão da possibilidade de fazer um saque integral no momento de uma
demissão sem justa causa e seguiria fazendo retiradas anuais até zerar sua
conta. O trabalhador poderá, porém, mudar sua opção e voltar para o saque
integral em caso de demissão dois anos depois de fazer a primeira retirada
anual.
A carência de dois anos começará
a contar a partir do momento em que o trabalhador pedir a mudança da modalidade
de saque.
GLOBO.COM
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