sexta-feira, 19 de julho de 2019

MIGUEL BOENTE: Reflexão sobre as eliminações de Palmeiras e Flamengo na Copa do Brasil



Na última quarta-feira, dois dos maiores clubes do futebol brasileiro se despediram da disputa da Copa do Brasil 2019.

Em Porto Alegre o Palmeiras precisava de um empate para eliminar o Internacional de Paolo Guerrero, mas o time palestrino perdeu no tempo normal por 1x0 e nas penalidades máximas o time acabou sendo eliminado do torneio.

Já no Rio de Janeiro, o Flamengo precisava de uma vitória por qualquer placar, que avançaria a fase semifinal da competição.

Ambos times decepcionaram suas torcidas sendo eliminados, cada um com sua particularidade! No caso do Palmeiras, o que mais chamou a atenção da crítica da imprensa principalmente paulista foi o fato de um time com o poderio do verdão entrar em campo para garantir um empate, quando poderia tranquilamente “pelos jogadores que tem” tentar ir pra cima e quem sabe marcando um gol, desestabilizar o time do Inter e tirar a confiança do seu torcedor, o fato é que isso não aconteceu!

Até o gol do colorado o time paulista se quer tinha finalizado a gol, abdicou da partida praticamente os 90 minutos, e mesmo depois que tomou o gol, só finalizou uma vez a meta do Inter com Dudu.

Indo pros Pênaltis, pode acontecer qualquer coisa! Não que pênalti seja loteria como muitos dizem, na realidade Pênalti é competência tanto de quem cobra como de quem defende.

No fim deu Inter em Porto Alegre, o time gaúcho vai enfrentar o Cruzeiro em uma das semifinais, a raposa perdeu por 2x0 para o rival Atlético, mas como havia vencido no Mineirão por 3x0 ficou com a vaga no placar agregado.

Já no Rio de Janeiro, a maioria da torcida do Flamengo estava no clima de oba, oba, alguns até desrespeitando o time do Athletico. Eu, porém, sempre disse que qualquer vitória de meio a zero que desse a classificação ao Flamengo estava de bom tamanho! Pois sem dúvida nenhum o Athletico é um dos times que joga o melhor futebol no Brasil, e não é de hoje.

Ano passado o time ganhou a Copa Sul-Americana jogando muita bola, e esse ano dentro da fase de grupos da Copa Libertadores deu show por exemplo no Boca na Arena da Baixada.



O primeiro ponto negativo contra o Flamengo foi a ausência de Bruno Henrique da escalação, pois o jogador seria fundamental para puxadas de contra ataques, sem falar que é um excelente finalizador e goleador, tanto que briga gol a gol com Gabriel pela artilharia geral do Flamengo na temporada. Mesmo assim o jogo começou a caráter pro flamengo, que nos primeiros minutos foi pra cima dos paranaenses e teve duas oportunidades claras de gols evitadas pelo goleiro Santos. Uma em uma cabeçada de Arrascaeta e outra num chute de Lincoln que obrigou o goleiro a fazer uma defesa de futsal.

O Flamengo vinha dominando a partida até que Arrascaeta teve que ser substituído por lesão, o uruguaio mesmo em poucos minutos já se destacava como melhor em campo, chamando a responsabilidade, dando bons passes, se deslocando e aparecendo na área pra finalizar.

Com a entrada de Vitinho o Flamengo perdeu uma de suas principais armas, a partir daí o Athletico começou a equilibrar a partida, também levando perigo ao gol do Flamengo por duas oportunidades.

Na segunda etapa o roteiro se repetiu, o Flamengo partiu pra cima do Athletico em busca da marcação do primeiro gol e empurrou os paranaenses para o seu campo defensivo “o detalhe é que tanto no primeiro, como no segundo tempo o Flamengo praticamente não tomou as bolas longas nas costas da defesa como havia tomado no primeiro jogo” foi então que Vitinho “mesmo jogando mal” fez uma bela jogada individual e cruzou, E. Ribeiro escorou de cabeça e Gabriel fez o gol do Flamengo.

A partir daí o Athletico não sentiu o gol, pelo contrário, seu treinador fez 3 substituições bem ofensivas e foi pro tudo ou nada. E acabou empatando a partida em uma das poucas vezes que teve espaços nas costas da defesa do Flamengo.

Depois do gol só deu Athletico, que poderia ter passado a frente do marcador em algumas oportunidades, mas o jogo ficou mesmo no 1x1 e foi pros pênaltis.

Na decisão por pênaltis “como disse no caso do Palmeiras” não é loteria, é competência! E competência foi tudo que faltou aos jogadores do Flamengo!!

Primeiro com a molecagem de Diego, que quis dar uma de Alexandre Pato e recuou a bola nas mãos do goleiro Santos. Uma cobrança displicente do meia e capitão do Flamengo “que pode ter selado a sua passagem pelo clube, pois o torcedor não perdoa o que ocorreu”. E isso é fácil de se entender! Se o jogador dá um bico forte no ângulo e o goleiro faz uma defesa de cinema, todos iriam ficar calados, pois mesmo perdendo o pênalti teria sido mais mérito do goleiro adversário do que incompetência do batedor, porém, ao bater o pênalti daquela maneira absurda “mesmo que entrasse por sorte” Diego causou ira de 100% dos torcedores.

Sinceramente, não apenas como torcedor, mas como alguém que milita no esporte a muito tempo e já viu casos parecidos como esses não só no próprio Flamengo, mas também em outras equipes, fica meio insustentável a permanência do atleta no clube!

Isso deve “e será” sentido no próximo jogo do Flamengo no Rio, caso ele seja escalado, ou que venha do banco, em seu primeiro toque na bola o jogador vai ser vaiado e xingado, com certeza!

Vale lembrar que Diego sempre foi um jogador que dividiu opiniões entre torcedores e membros da crítica esportiva no Flamengo. Em sua primeira temporada na equipe no ano de 2016 o jogador chegou com tudo e justificou o investimento, mas de 2017 pra cá, vem em queda livre colecionando insucessos e fracassos com a camisa do Flamengo, inclusive como batedor oficial de pênaltis da equipe. “Com certeza depois do ocorrido, sendo o técnico do Flamengo quem é, Diego não bate mais pênaltis, se é que será escalado”.

Alguns podem perguntar, mas Vitinho e Everton Ribeiro também perderam, e aí?  Falando como analista, Vitinho e Everton erraram tentando acertar, Vitinho perdeu o pé de apoio na hora da cobrança, mas bateu forte buscando o canto alto do goleiro, talvez se não fosse o escorregão, tivesse convertido a penalidade.

Já Everton Ribeiro também bateu mal, mas bateu tentando acertar, e tem que se dar os méritos ao goleiro Santos que foi muito bem pro canto e defendeu a cobrança.

O que se tira de lição dessas duas eliminações? Ambos os times tem cofres abarrotados de dinheiro, elencos recheados, mas algumas coisas tem que ser levadas em consideração.

O time do Palmeiras é uma equipe mais pronta, tem seu técnico a bom tempo e base mantida de campeonatos anteriores com acréscimo de jogadores que chegaram esse ano, por isso a crítica em termos de eliminação foi mais pesada em cima do Palmeiras do que do próprio Flamengo, pois se comparar os dos jogos, a postura do Flamengo foi de trocação nos dois jogos, ambos os times se atacando em busca da vitória, mas aconteceram dois empates.



Já no caso do Palmeiras, a equipe poderia ter partido do mesmo princípio, mas preferiu ficar esperando os 90 minutos passarem e jogar com o regulamento de baixo do braço, e acabou sendo punido por sua covardia e omissão da partida. “Sem tirar claro os méritos do Internacional que buscou a vitória o tempo todo.

QUAL A LIÇÃO QUE FICA, E O QUE VEM PELA FRENTE PARA AS DUAS EQUIPES?

Os dois times ainda tem objetivos parecidos na temporada. Ambos estão nas oitavas de final da Copa Libertadores da América, e seguem firme no campeonato brasileiro em busca do título.

Todo mundo sabe que é muito complicado conquistar todas as taças dentro do futebol brasileiro, não só por condição das equipes, mas também pelo fato de se ter muitos jogos, “quarta, domingo” sem tempo de recuperação e sem tempo para treinamentos.

Financeiramente as equipes deixam de faturar, tanto com a cota da CBF quanto a bilheteria de pelo menos mais um jogo “que seria a semifinal”, mas a vida e a rotina seguem normalmente nos dois clubes.

Se há um lado bom nas eliminações, será os meios de semana folgados da Copa do Brasil que os times terão para treinar e recuperar atletas lesionados.

Mas a rotina de jogos pesados continua, vamos ver na prática nos próximos jogos o quanto sentiram “se sentiram” a eliminação da Copa do Brasil as equipes de Flamengo e Palmeiras.

POR MIGUEL BOENTE

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