domingo, 7 de julho de 2019

TCE nega irregularidade em projeto milionário que nunca saiu do papel



A 2ª Câmara do TCE-SP (Tribunal de Contas do Estado de São Paulo) considerou "legais" e "regulares" três contratos do projeto do Centro Cultural Luz, que jamais saiu do papel. O acórdão foi publicado no Diário Oficial no último dia 4.

O governo pagou mais de R$ 37,3 milhões (R$ 64,5 milhões em valores corrigidos pela inflação) a uma consultoria inglesa e a um escritório de arquitetura suíço pelas plantas e estudos.

A proposta de ocupar um terreno na região central de São Paulo com o Complexo Cultural Luz - Teatro de Dança, com 85 mil m², foi apresentada há mais de dez anos, durante o governo de José Serra (PSDB). Os contratos foram assinados em 2010 e 2011.


A ideia era construir "um teatro para dança e ópera de 1.750 lugares, outro para 600 ocupantes, destinado a recitais e teatro; uma sala experimental para novos formatos com capacidade para 400 expectadores; uma escola de música; uma escola de dança; e salas de ensaio para companhias residentes".

A consultoria inglesa (Theatre Projects Consultants) foi, com dispensa de processo licitatório, contratada por R$ 3,42 milhões (mais de R$ 5,9 milhões em valores atualizados) para "prestação de serviços de consultoria consistente no planejamento e no desenvolvimento" do complexo.

Em seguida, vieram dois contratos, também sem licitação, com renomado escritório de arquitetura suíço Herzog & De Meuron: um de R$ 3,17 milhões e outro de R$ 30,7 milhões, sendo um para estudos preliminares e o segundo para o projeto básico.

Em 2014, o R7 noticiou que o governo paulista já havia gasto R$ 49 milhões com o projeto, devido à variação cambial, já que se tratou de contratação internacional.

Ao longo do processo no TCE-SP, auditores da Unidade Especializada de Engenharia emitiram parecer contrário à contratação do Herzog & De Meuron para a elaboração do projeto básico, "por entender que há escritórios nacionais com capacidade e reconhecimento internacional para execução do objeto, sugerindo que a solução mais adequada seria o concurso", destacou o relator, auditor-substituto de conselheiro Antonio Carlos dos Santos — que ocupa a função do titular, Robson Marinho.

PORTAL R7

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