A realização de sessão de debates
no Plenário da Câmara dos Deputados nesta sexta-feira (14) abriu a contagem do
prazo de duas sessões para começar a discussão do relatório da reforma da
Previdência (PEC 6/19) na comissão especial.
O parecer foi apresentado nesta
quinta-feira (13) pelo deputado Samuel Moreira (PSDB-SP), em seguida foi
apresentado um pedido de vista coletivo, o que adia o início da discussão na
comissão por duas sessões do Plenário.
Desde novembro de 2017, a Câmara
não conseguia atingir o quórum de 51 deputados para abrir uma sessão na
sexta-feira. O ato foi classificado como histórico por diferentes parlamentares
presentes ao debate.
O líder do governo, deputado
Major Vitor Hugo (PSL-GO), agradeceu a diversos líderes partidários por terem
conseguido garantir o quórum da sessão. “Vamos iniciar, na semana que vem, mais
rapidamente, o processo de discussão da construção de uma nova Previdência para
o País.”
Nas sextas-feiras a maioria dos
parlamentares vão a suas bases ouvir prefeitos e lideranças comunitárias,
segundo o vice-líder do governo deputado Darcísio Perondi (MDB-RS). “Sempre há
dificuldade. Essa sessão é marcante. Isso é um trabalho de todos os líderes da
base reformista, de todos os partidos”, disse. Para Perondi, a ação tem uma
simbologia “de atitude, esperança e decisão” de que a reforma da Previdência
vai avançar.
Para o deputado Bibo Nunes
(PSL-RS), que presidiu a sessão, o ato demonstra a grande preocupação dos
parlamentares na aprovação da reforma.
Sem empregos
A vice-líder do PT deputada Erika
Kokay (DF), porém, criticou a reforma da Previdência e o discurso de que ela
vai impulsionar a geração de empregos. “Diziam que era preciso aprovar a
reforma trabalhista (Lei 13.467/17) para gerar emprego. Não vai se gerar
emprego!”, criticou. Kokay afirmou que hoje o Brasil vive a maior taxa de
desemprego da sua história.
De acordo com dados do Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) o desemprego chegou a 12,5% e
atinge 13,2 milhões de trabalhadores. “Saudades do Governo de Luiz Inácio Lula
da Silva quando tínhamos pleno emprego”, disse Kokay.
Entenda a tramitação da reforma
da Previdência
Greve geral
Parlamentares do PSL também
aproveitaram a sessão desta sexta para criticar a greve geral que acontece em
diversas cidades do Brasil hoje. A principal pauta é contra a reforma da
Previdência. “Estão querendo paralisar um País que precisa andar. Com essas
greves casuísticas nós estaremos cada vez mais sendo paralisados no tempo”,
afirmou o deputado General Girão (PSL-RN).
Vitor Hugo afirmou que o fato de
haver greve contra a reforma demonstra que há ainda uma parte da população
brasileira sem compreender a importância de se mudar as regras de
aposentadoria.
Kokay defendeu a greve como meio
legítimo para protestar contra a reforma. “Este é um dia histórico, eu
concordo, porque estamos vendo a maior greve que este País já efetivou na sua
história. Uma greve contra uma reforma que penaliza os pobres”, afirmou.
Segundo ela, diversos profissionais paralisaram as suas atividades nesta
sexta-feira em defesa do próprio emprego, da aposentadoria e de uma vida digna.
AGÊNCIA CÂMARA

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