A metáfora é fácil e serve para
explicar como o rápido e habilidoso Juninho dos campos ganhou terreno na CBF.
Cotado desde que Edu Gaspar aceitou a proposta do Arsenal, Juninho Paulista não
agradava apenas a Tite. Com bom relacionamento entre cartolas e aceitação com a
turma boleira da CBF, o ex-gestor do Ituano aceitou o convite às vésperas da
decisão da Copa América.
No sábado, um dia antes da final,
já se sabia da troca interna na CBF, com Juninho saindo da direção de
desenvolvimento – cargo que ainda não tem substituto – para a coordenação da
seleção principal. Pouco antes, ele já passara a dar expediente e ocupar sala
no segundo andar, próximo da que fica o técnico Tite e também ficava Edu
Gaspar. No início da preparação, acompanhou alguns dias a Seleção em Brasília.
Logo depois do anúncio de
Caboclo, na posse, em maio, Juninho traçou dois objetivos iniciais na chegada à
CBF: auxiliar o coordenador da seleção de base, o também ex-jogador Branco, e
buscar mudanças no calendário das competições nacionais, principalmente nas
Séries C e D. A intenção era manter times pequenos e médios em atividade por
mais tempo durante a temporada.
No próximo dia 21, na Granja
Comary, Juninho já comanda reunião de seleções. O encontro, nos dias 21, 22 e
23, já estava marcado e serve para discussão de modelo de futebol nas seleções
de base a principal – com reflexões sobre modelo de jogo em todas as
categorias.
– Ele fazia um grande trabalho na
Diretoria de Desenvolvimento. Por isso, foi uma decisão difícil. Mas temos
certeza que exercerá a nova função com muito sucesso – disse ao site da CBF o
presidente Rogério Caboclo.
– Juninho está há poucos meses,
mas parece que está há 20 anos. Ele tem trânsito livre na CBF – contou
Francisco Noveletto, vice-presidente da CBF, que teve algumas reuniões com
Juninho e Branco para auxiliar no desenvolvimento do futebol de base.
GE

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